segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Uma pergunta

O brasileiro é um bicho engraçado. Já perceberam que tudo que é bom neste país é "do caralho", e o que é ruim, "embuceta"? Por que?

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Pelo putaquepariu nos aviões



Eu acho um puta absurdo esse negócio de não ter "putaquepariu" nos aviões. Até Variant tem, porra! Hoje eu desejei um "putaquepariu" mais do que qualquer outra coisa que um bom cristão pode desejar na puta da vida. Não que eu seja uma referência em cristianidade unitariana...
Passei três dias trabalhando no Rio. Voltei não tem nem duas horas. Sabe o que é foda? Eu amo aquela cidade, mas só de pensar na "via crucis" (nossa, tô quase um coroinha hoje) eu fico com preguiça e tento me convencer de que eu não gosto tanto assim de lá, de que o Rio isso, de que o Rio aquilo. Como se adiantasse... Não é opção, é trabalho. E quando vou por opção, vou logo é de carro, que tem som e "putaquepariu".
Quando o avião chacoalha, chacoalha junto a investidura, a coragem, a macheza, o decoro e, em casos extremos, a continência intestinal de um sujeito. É foda! Tenho certeza de que aquele povo que faz cara de paisagem em turbulência - como quem diz "uhh...eu tô acostumado" - leva cueca a mais na bagagem de mão. Sabe por que? Porque quem tem cu tem medo. E já que o cu não é tão visível quanto a fuça, neguinho fala o que quer... Fica o dito pelo não dito. Mas o que de fato vem ao caso é que o avião chacoalhou à vera e eu descobri as dores e as delícias da existência deste "putaquepariu" maldito, que me fez uma falta carrasca... E fiquei eu, lá em cima, dentro daquele liquidificador alado, odiando a todas as pessoas que estavam lá embaixo, dentro dos carros, segurando seus "putaqueparís", cantando felizes, conversando e brincando de "o fulano roubou pão na casa do joão...".
O Stress de voltar para São Paulo não acaba com a cessão da turbulência. Chegar aqui é igualmente terrível. Já se deram conta do quão rente passa o avião dos prédios próximos ao aeroporto? Aquilo é insuportável de se ver... O olho do cu fecha, qual olho de uma criança alfita com um filme de terror. Não é possível que ninguém tenha se perguntado se a existência de um aeroporto no meio - entenda bem, "NO MEIO" - da cidade não é mais perigosa do que divulgam a mídia, as autoridades e canalhas do gênero. Tudo bem... Eu tenho um pouco de mania de perseguição. Mas o fato de eu ter mania de perseguição não exclui a possibilidade de o mundo estar conspirando contra mim, ou melhor, contra nós, neste exato momento. Mas isto não vem ao caso. O que realmente importa é que ver o avião pousando em São Paulo é uma aflição, cujo único alento seria o "putaquepariu", aquela maravilhosa obra de engenharia, obviamente assinada por um gênio qualquer, que teve seu nome esquecido por entre os arquivos mortos da indústria automobilística.
Agora imaginem vocês se o galalau que inventou o "putaquepariu" tivesse conquistado um reconhecimento à altura de sua obra? Aposto um testículo que neguinho dava um jeito de colocar "putaquepariu" até em carrinho de feira. Agora experimenta fazer uma busca no google pra descobrir o nome do inventor do Tamagoshi... O sujeito tem destaque, tem fama, parece até que fez algo decente. Porra nenhuma. Ele inventou um bichinho virtual que come, caga, chora e te escraviza. E o "putaquepariu" ali, perdido na ubiquidade das coisas convencionais, sobre as quais raramente pensamos, mas que quando faltam, nos dão a dimensão de sua importância. Numa turbulência, por exemplo.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Para quem interessar possa...

... A vida de Ramon Valdez, mais conhecido como Sr. Madruga. Para os íntimos, mestre.

Peréio entrevista Dercy I

In Memoriam.

Peréio entrevista Dercy II

Peréio entrevista Dercy III

Sabe porque eu gosto do peréio?

Porque o cara vai do limbo ao éden com uma facilidade absurda. Imaginem só vocês, meus caros... Esse peréio é um dos maiores atores brasileiros. Louco, varrido, bêbado, mas de talento - e personalidade - indiscutível.

O cara fez "Eu te amo", do Jabor, foi dirigido pelo Ruy Guerra, fez a porra toda... E
hoje é considerado um dos melhores dubladores do Brasil. Só que ele é doidão. Doidão mesmo. Ele lançou uma campanha pela implosão do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Não tem aquele lance de considerarem o Cristo como uma das "maravilhas modernas"? Pois é... O Peréio é ateu e não gosta do Cristo.

O resultado foi esse aqui, ó:

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O Trem da vida

Sem dúvida, a cena mais legal do filme.

É... Eu queria estar ali no meio...

Duas bichonas engraçadas!

Os caras conseguiram reescrever TODAS as bizarrices dos últimos sete anos...

Piazzolla... Quem diria.

Puta que o pariu! Comercial de mate? O Piazzolla?
Cada uma que me aparece...

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Só videos? Uma reflexão sobre o youtube.

Não vou ficar enumerando as coisas boas - e ruins - que o youtube nos proporciona. Nem vou falar sobre nenhum tipo de revolução da comunicação ou coisa do gênero. Todo mundo sabe que o youtube mudou a velocidade de disseminação dos acontecimentos e que, muitas vezes, ele chega a ser mais rápido que a imprensa, pois enquanto os jornais e as emissoras estão editando - e auditando - suas pautas, um sujeito que estava no lugar certo e na hora certa voltou pra casa só pra subir um vídeo e espalhar para todo mundo. Nada disso é novidade.

Incrível mesmo nessa história toda é a quantidade abissal de prodígios que o mundo escondia antes do advento do youtube. Lembra como tomávamos conhecimento da existência de prodígios? Era sempre pelo Fantástico, pelo programa do Jô Soares e coisas do gênero. Acontece que, de tão poucos que apareciam, nós não tinhamos a mais puta vaga idéia de quantidade. Sim, eles são muitos e o youtube nos aproximou desses talentos escondidos nos conservatórios, nas salas de estar, nas cidadezinhas, nos ateliês solitários, mundo afora.

Um dos papeis mais nobres do youtube é, sem sombra de dúvidas, dar voz aos talentos que até pouco tempo atrás eram calados pela distância.

Com vocês, George Li, um "filho da putinha" que tem a moral de tocar o segundo concerto de Camille Saint-Saëns como quem toca o Bife.

Um pouquinho de breguice...

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segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Escrotizando o Cosmopolitan


Já dizia a minha avó que Cosmopolitan de cu é rola.
Imagine só se eu vou beber uma paradinha rosa, feita à base de suco de cramberry. Ah, tenha santa paciência... Suco de cramberry? Isso é coisa de putinha. Sim, porque puta de verdade, daquelas mais letradas nas artes dos amores encardidos, bebe mesmo é blood mary - que na versão mais sifilítica leva o nome de catuaba selvagem.

Sabe o que me preocupa? Esse bando de menininhas metidas a gente moderna, que fazem biquinho de modelo bulímica para tirar fotos, bebendo a rodo esse drinquezinho xexelento, só porque a perdigueira do "Sex and the City" apareceu chafurdando essa porra em um episódio qualquer, que por sinal era mais estúpido do que toda a corja que se inspirou nele.

Quer beber em grande estilo? Bebe Negroni, caralho! Aliás, o negroni é a linha que separa os bons bebedores dos vermes de bar, que por sinal é a categoria que comporta a horda de escrotinhas que bebem cosmopolitan...

... Cosmopolitan; paradinha escrota.

Olha só o naipe da boneca assídua do cosmopolitan. Sim, é essa bichona da foto a quem eu me refiro. Olha o tipinho! Agora eu pergunto: por que, cazzo? Por que? Esse mundo está perdido... Há nele uma horda de pederastas, putinhas wannabe e correlatos que bebem cosmopolitan com o dedinho para cima, tipo aquelas tias que fofocam tomando café e comendo queijadinha na quermece da igreja.

Depois neguinho pergunta o porque do meu mau humor... Pra bom entendedor, meia palavra basta.

Cosmopolitan de cu é rola.

Escrotizando a Investidura


Imaginem um sujeito de investidura inquestionável. Sujeito homem, que se fodeu de verde e amarelo pra chegar onde chegou. Um sujeito fidalgo, de fina estirpe; um sujeito que, a custa de muito suor, versou-se como ninguém na arte de louvar o amor.
Imaginem, meus caros, um cabra que estudou, que carregou o peso de um sobrenome conhecido pelos quatro cantos do país e exaltado aos quatro ventos, mundo afora.
Este homem, meus amigos, engajou-se em causas e mais causas, levou porrada da polícia, foi exilado, virou herói. E que herói.

Agora eu vos pergunto, meus camaradinhas, para que?

Para terminar como sogro do Carlinhos Brown.

Escrotizando a paróquia


Escrotizar o que?
O que eu quiser, porra.
Escrotizar por que?
Não é do seu pecúlio. Ah, tudo bem... Abro uma excessão. Até porque você já nasceu escrotizado. Pensando bem, quem não nasceu? Afinal, o nascimento é a escrotização da alma. Todo e qualquer sujeito que vem dar com os cornos neste mundo está confinado a escrotizar aquilo que os padres chamam de centelha divina. Inclusive, essa tal centelha deveria se chamar "pentelha divina". Seria mais justo conosco e com a coisa em si. Ou será que a gente deve chamar de um nome bonito o fruto de toda a pentelhação espiritual que sofremos dos padres, dos pastores, da puta que o pariu e de todo mundo que se paramenta em nome de um Deus mais pagão do que toda a humanidade junta?