quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Voltei...

... Para dizer que indie rock de cu é rola!

Isso aqui é rock and roll, porra!

E tenho dito.










Sabe o que me irrita? Neguinho ouve indie rock e classifica essa joça como um estilo sedimentado, quando na verdade indie quer dizer - ou pelo menos deveria significar - "independent". Mas não... Resolveram categorizar até a porra da suposta independência.



Ok, essa é, enquanto "coisa", apenas uma das milhares de "coisas" que me irritam. E não é sobre a "coisa" em si que eu estou falando, mas sobre o que vem por trás dela. Hum... Com o modelito desse povo indie, eu não me assustaria se descobrisse que o que vem por trás é um negão bem fornido. Piadas à parte, esse tipinho "stylish dorme-sujo" me irrita profundamente. Por que tudo que é supostamente indie tem que ter a mesma cara? Cadê a independência?

Sabe o que é? Eu não reconheço mais a ferocidade do hendrix em porra nenhuma. Não vou discutir preciosismos do tipo "essas musiquinhas de três acordes blablabla..." ou "esses solinhos pentatônicos básicos blablabla...". Sex pistols é do caralho e ninguém tocava direito naquela porra. Falta ímpeto nesse povinho, essa é a verdade. Ou vocês acham que do meio desse bando de adolescentes com olheiras de depressão voluntária e estilística pode sair um cara com a ousadia de um Zappa? Ou com a genialidade do Page? Impossível.

A independência ganhou rótulos, ganhou preço e está atrelada a calças justas nas canelas e enfiadas na bunda.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Como acabar com "um papo cabeça".

Estava no boteco com um amigo meu. Mesa de lata, cerveja ruim e papo profundo.

- (...) Cara o dever e o querer devem sempre estar em equilíbrio. Se bem que as duas coisas são meio relativas... Por exemplo, qual a coisa que você mais gosta no mundo?
- A coisa que eu mais gosto?
- É, a coisa que você mais gosta...
- Ah, do óbvio?
- DO ÓBVIO??
- É. Só que sem tanto pêlo...


Mudamos de assunto.

"Momento Cojones"















Era mais divertido...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Torcicolo Highlander

No Domingo da semana passada, (12/10), o distinto galalau que vos escreve resolveu encontrar alguns amigos no odoborogodó. Foi bem divertido, como sempre. Só que eu bebi um pouco além da conta e voltei pra casa com uma dor de cabeça madrasta. Chegando na Maison Pieratti, a primeira coisa que fiz foi subir numa cadeira para procurar um analgésico no armário de remédios. Eis, então, que o destino resolve ser irônico e potencializar o motivo pelo qual eu estava procurando o tal lenitivo: caí da merda da cadeira. Levantei e travei. "Tudo bem, é só um torcicolozinho", pensei.

Segunda-feira, nove da manhã, levantei incomodado com a dor no pescoço. Não dei muita bola; achei que em no máximo dois dias eu estaria novo em folha. Terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, enfim, os dias foram passando e a dor piorando. Na sexta-feira eu parecia o Robocop. Virar o pescoço? Impossível. Só rolava olhar para o lado "com o corpo inteiro"... Qualquer reflexo masculino normal ante a uma bela bunda tinha que ser controlado, para que eu não passasse vergonha.

No domingo eu já estava hurrando de dor, mas ainda me recusava a ir ao médico. Passei o dia lutando para encontrar uma posição confortável no sofá, mas não; qualquer movimentozinho era um atentado contra a minha dor, que respondia com violência a cada espirro. Coisa horrível. Bom, não preciso dizer que minha mãe me agulhou inteiro, né? Ela é acupunturista, além de excelente psicóloga, natureba e macumbeira. Juro, eu parecia o Hellraser. Tinha agulha enfiada até na cabeça.



Dormi muito mal. Acordei umas cinco ou seis vezes durante a madrugada. Seis e meia da manhã eu já estava totalmente desperto, maldizendo o dia, a noite, o meu pescoço e o fabricante do Scaflam, que já não fazia mais nenhum efeito.

- Bom dia, Fê - Disse a Vani, a moça que trabalha em casa.
- Bom?

Ela, então, percebeu meu péssimo humor e não falou mais comigo. Sentei-me para tomar café resmungando e esconjurando os nervos do meu pescoço. Minha mãe entrou na cozinha com aquele bom-humor matutino insuportável, já me empregando aquele beijo materno na cabeça, que foi retribuido com meia dúzia de impropérios:

- Que que é? Tá querendo me matar de dor? Porra... Meu pescoço!
- Nossa, que mau-humor... Tinha esquecido! A propósito, bom dia!
- Bom dia é o sacrossanto...
-... Olha a boca...

Fiquei quieto e dei um belo gole no meu café. Acendi um cigarro e comecei a andar de um lado para o outro. A dor estava no limite do insuportável, quando resolvi ir até a farmácia para tomar uma injeção.

- Seu Jorge, tô travado. Pelamordedeus faz alguma coisa!
- Bom, o que resolve mesmo é Dexa-Citoneurin. É injeção. (ele sabe que eu odeio injeções)
- Bora tomar esse negócio - eu respondi.
- Mas tem que ser na bunda, tá?
- No estado que eu tô, seu jorge, ela é toda sua.
- Hahahahahahah!

Tomei o raio da injeção. O efeito? Até as três da tarde não senti nenhum. Deu meio dia e eu falei pra minha mãe pra, pelo amor de tudo o que há de mais sagrado entre o céu e o firmamento, me levar pro hospital. Fomos pro Einstein. O atendimento foi rápido. Tive a sorte de não pegar nenhum moleque quebrado da aula de Educação Física na minha frente.

Minha mãe entrou na sala comigo. O médico me examinou, mandou eu fazer umas radiografias e voltar lá. Fiz o negócio, voltei e ele desembestou a falar...

- Com o que você trabalha, Fernando.
- Sou publicitário.
- Hum... Profissão estressante!
- Não tanto quanto a sua, que implica em atender publicitários estressados e com torcicolo, crianças hiperativas que voam do gira-gira...
- Hehehe...
- Doutor, tá insuportável. Desde domingo da semana passada eu tô com esse troço me incomodando.
- Olha aqui - disse ele apontando pra radiografia - não é nada ósseo. Você está com o pescoço totalmente reto e tensionado por uma questão muscular.
- E...
- Acupuntura.

Nesse momento eu olhei para a minha mãe, que sorria como uma criança que tirou a nota mais alta da sala, e disse:

- Ganhou o dia, não é?
- Por que? - disse o médico.
- Porque ela é acupunturista, natureba e consumidora voraz das bolinhas de açucar antroposóficas da Weleda.
- Pois é, Fernando. Tem que fazer acupuntura ou umas horinhas de fisioterapia.
- Não tem como você me dar um remédio, daqueles bem fortes, que zoam o fígado de tão eficientes?
- Humm... Não!
- Entendo, entendo...
- É, filho, tá vendo como a mamãe tem razão de vez em quando?
- (...)

Saí de lá puto por dois motivos: o médico, além de ter me enfiado uma daquelas pescoceiras e receitado um troço que implicava em se ter tempo, disposição e nenhum medo de agulhas, ficou de papo com a minha mãe sobre a eficiência dos métodos complementares e não-ortodoxos. E eu lá pensando "isso tudo aí de cu é rola". Afinal, existe algo mais ortodoxo do que a dor? Difícil... A parada dói e ponto! Não tem meio termo; é uma daquelas coisas absolutas e incontestáveis da vida, sabem? Ou dói, ou não dói, da mesma maneira que não existe "meia puta", "meio veado"... Ninguém "dá meia bunda"...

Voltei pra casa paramentado com aquele troço queima filme no pescoço. Difícil mesmo foi encarar a fila do estacionamento do Einstein com aquela parada no pescoço. Tinha uma mina lá que não tirou o olho até a hora em que eu entrei no carro, quando me enchi e disse: "Que que é? Quer me tirar pra dançar, porra?".

- Fernando! Pára com isso - disse a minha mãe.
- Ah... Ela nem ouviu.
- Que mau-humor, menino!
- humpf.
- A menina só estava te olhando! Vai ver que ela gostou...
- Me poupe, mãe! Você acha que alguém é capaz de olhar pra uma pessoa com um troço desses no pescoço e gostar? Só se a criatura for muito sádica.
- Ahh... Não é assim!
- Não. Imagina! Ela deve estar olhando e alimentando a curiosidade com as hipóteses de como eu posso ter me fodido.
- Ai, que mania de perseguição.
- O fato de eu ter mania de perseguição não exclui a possibilidade de o mundo estar conspirando contra mim.
- (...)


Ontem acordei melhor. Longe de estar bem, mas já se anunciava uma esperança de terminar a semana conseguindo olhar minha própria bunda sem sentir dor. Difícil mesmo foi ter que tirar a parada do pescoço para fazer uma entrevista. Fingir desenvoltura com um torcicolo carrasco desses é algo realmente difícil, mas acho que acabei me saindo bem.

Hoje acordei bem. O torcicolo ainda persiste, ainda como uma dorzinha incômoda, mas totalmente suportável. E querem saber? Acho que tive uma boa idéia! Meio tardia, mas totalmente empregável no próximo torcicolo.





terça-feira, 21 de outubro de 2008

Noooossa!!!! A tia quer curar DDA com maconha!

O pior é que ela recomenda a adminstração "em cookies" - versão americana equivalente ao nosso brigadonha - para as criancinhas hiperativas! Vejam... tem louco pra tudo, literalmente!